terça-feira, 2 de novembro de 2010

A verdadeira história de Mayara Petruso


São Paulo, 31 de outubro de 2010

O relógio marcava exatamente 16h00min quando eu e Mayara voltávamos da Escola Municipal Jorge Amado, situada próximo ao restaurante Recanto do Nordeste. De mãos dadas, estávamos andando vagarosamente pela rua logo após os dois terem cumprido o dever cívico que cada brasileiro tinha obrigação durante aquele domingo nublado.

Safada ao extremo, Mayara gostava de uma boa sacanagem. Nosso caso havia começado 2 meses atrás, durante um show da Ivete Sangalo. Eu, que havia acabado de chegar do Ceará, não conhecia nada desta maravilhosa e hospitaleira cidade. Mayara, uma vizinha prestativa, logo me chamou a atenção pela simpatia...e pelos micro shortinhos. Depois do insistente convite para ver a apresentação da baiana, devo assumir que não foi difícil dizer não para a ninfeta.

E assim nossa relação começou. Filha de pais retrógrados, Mayara tinha muito medo que sua família um dia descobrisse nosso caso. Mas sempre fogosa, não resistia aos meus convites para passar o final de semana na minha casa. Não havia muita conversa entre nos dois. A sequência era basicamente um bom sexo, um bom filme, um bom sexo, um bom filme.

Meu pai , que trabalha como engenheiro em uma obra pública, não se importava com minhas aventuras amorosas e chegou a tratar Mayara como se fosse minha namorada. Minha mãe, que com a nossa mudança para São Paulo iniciou o um mestrado, pouco se importava com assuntos que não fossem relevantes ou acadêmicos.

Ao chegarmos à minha casa, logo apos a votação, não desperdicei tempo e logo fui em busca do realmente me interessava em Mayara : sua habilidade sexual.

Intelectualmente muito inferior as minhas antigas namoradas nordestinas, Mayara se sentia inferior e fazia de tudo para me agradar. Na cama, gemia com sotaque nordestino e ainda ficava se autointitulando a "Maria Bonita do Sexo".

Depois de mais uma transa, eu já estava de saco cheio de Mayara. E para piorar a situação, acabei recebendo uma ligação no meu celular que destruiu meu dia. Quando peguei o aparelho e vi o DDD de Recife já sabia quem estava me ligando.

Era o grande amor da minha vida.Seu nome era Julia e passava férias em Pernambuco.

Nossa conversa foi rápida. Disse que havia assistido um recente show dos Los Hermanos e outro da Nação Zumbi. E finalizou, dizendo que me amava e que estava com saudades.

Aquela frase me aniquilou. Não consegui segurar e cai em prantos.Mayara, ao mesmo tempo assustada e com a amarga sensação de foi usada esse tempo todo - e foi mesmo - também não segurou as lagrimas e saiu correndo em direção à porta, sem falar mais nenhuma palavra.

O resto da história vocês já sabem. E peço desculpas por ser, indiretamente, um dos responsáveis pela ira momentânea de Mayara contra os nordestinos. Eu sei que fui um grande filha da puta e vocês conhecem as mulheres. Quando se sentem trocadas como mercadorias pelos homens, explodem e se deixam levar pelo sentimento que nos enlouquece : a paixão.

E para finalizar o acontecido e confirmar que as declarações de Mayara foram baseadas em argumentos que pouco ou nada tinha a ver com os rumos da política do Brasil, vou confidenciar um fato curioso.

Feminista ao extremo, Mayara as vezes parecia sentir rancor dos homens. E deitado no meu quarto, não foi difícil descobrir quem ela escolheu para ser a autoridade máxima do Poder executivo e da República.

Na pressa, ela esqueceu sua carteira de identidade, que estava acompanha de um panfleto de Dilma Roussef.

No domingo, assim como milhões de brasileiras, Mayara estava decidida a eleger a primeira presidente mulher do Brasil.

7 comentários:

  1. Para entender melhor


    http://doisespressos.wordpress.com/2010/11/01/mayara-petruso-e-a-xenofobia-no-twitter/

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  2. Parabéns pelo conto! Mas acredite, ela deve ter alguém em sua árvore genealógica, nordestino, e isso é que representa a identidade nacional: Mistura de raça, ignorância, beleza, sabedoria, bairrismo, excessos... Isso é Brasil! A única saída para ela é se matar ou mutilar alguma parte do corpo que ela ache que descenda do nordeste. COITADA, QUE PENA... ¬¬ "Orgulho de ser Nordestina!!!"

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  3. ô delícia!! amém saiu esse blog!!

    Adorei o post! Babacaprakct essazinha, hein?

    amu-te!

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  4. Só podia ser! O ódio dessa zinha pelos nordestinos tinha que estar ligado a algum trauma sexual mal resolvido ...KKKKKKK!!!
    Adorei o seu conto, bem criativo e carregado de humor. Parabéns!

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  5. oxente bichin! mais num é qui eu tinha certeza que a doideira dessa coisinha chamada mayara era problema sexuais mau resolvidos, ela com essa doideira vai passar muito tempo para limpar da cabeça o mal que ela fez aos nordestinos e ao Brasil a final somos irmãos filhos de uma mesma nação. VIVA o Brasil, acabem de vez o rancor, a imoral e perturbada discriminação aos nordestinos.

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