terça-feira, 30 de novembro de 2010

O dia é de Finados, mas quem ganha o presente é você!!!



Se você acha que esse blog vale alguma coisa e ainda está em dúvida sobre qual presente escolher no Natal, seu problema está resolvido. Acaba de sair nos EUA o livro All My Friends Are Dead, escrito pela dupla Avery Monsen e Jory John.

 All my friends are dead.

Apesar de colorido, o livro não será a melhor opção para o público infantil. Com o sarcasmo afiado, o conteúdo é indicado para pessoas como eu e você, ou seja, filhas da puta que adoram rir das desgraças alheias. E se a tragédia termina com alguém usando um terninho de madeira, fica muito mais divertido.

 All my friends are dead.

Então se prepare para comprar exemplares para o seu vovô que tá no CTI e para aquele seu amigo que perdeu o bichinho de estimação. Sem esquecer, claro, dos amigos da milícia carioca, que adoram esquartejar "quem não fecha com o certo" tomando aquela cerveja gelada.

 All my friends are dead.
All my friends are dead.

Aproveite que você ainda está vivo e caia na gargalhada com o melhor livro sobre a morte já feito. Porque quando acenderem uma vela de 7º dia para você, será tarde demais...

 All my friends are dead.

**
  - Hey, Escrotinho, eu não sei falar inglês?
  - Really? It’s not a problem, pal. Just suck my cock during the morning wood then I'll teach you to read...
  - Yupieeeee. Valeu Escrotinho, abraços.

All my friends are dead.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Hot in Rio 2010 - Música Tema

Todos numa situação
Mão na cabeça, é o arrastão
Todos no mesmo busão
Olha a fogueira

Se o diabo se irritasse agora
O Rio ia pra vala de vez
E a milícia não parasse mais de roubar, de assaltar..

Se o diabo se irritasse agora
O Rio ia pra vala de vez
E a gente parasse de acreditar no Cabral, no Beltrami, na UPP..

uou uou uou uou uou
Hot in Rio (2x)

Se o diabo se irritasse agora, o Rio ia pra vala de vez
E a milícia não parasse mais de roubar, de assaltar..

Se o diabo se irritasse agora, o Rio ia pra vala de vez
E a gente parasse de acreditar no Cabral, no Beltrami, na UPP..

uou uou uou uou uou
Hot in Rio (8x)

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A vida vitoriosa de William Bonner.

 São Paulo, 28 de Novembro de 1988.

­­­­­­-  Vem na minha sala, por favor.

Bonner conhecia o dono daquela voz. Quem fazia o chamado do outro lado da linha telefônica era o diretor de jornalismo Armando Nogueira. Com mais de 30 anos de carreira, Armando já era considerado um mestre sagrado das palavras e Bonner – assim como o restante da equipe - não escondia a admiração pelo experiente cronista.

Depois de três toques na porta, a voz Armando ecoa em alto volume e tom simpático.

- Entre filho...

Mal apertaram as mãos e Nogueira foi logo perguntou

- Já pensou em morar no Rio de Janeiro?
- Eu? Retrucou Bonner
- É. Copacabana, Cristo Redentor ...Jardim Botânico.Jardim Botânico meu filho!

Bonner logo entendeu o que Nogueira queria dizer. Durante os anos 80 todos os programas importantes do jornalismo “Global” eram produzidos na suntuosa sede da emissora carioca.

Não por acaso esta mesma sede era muito bem localizada no Jardim Botânico, bairro de classe média alta da zona sul do Rio.

- Mas...mas Nogueira, eu sou paulistano.E você sabe que aqui na empresa quem não tem sotaque “experto”, sotaque de malandro, não é promovido .E afinal, eu estou muito bem como editor do SPTV.

Armando, que já era profissional antes de Bonner nascer, não perdeu tempo e soltou uma de suas maravilhosas pérolas misturando experiência de vida e futebol, sua eterna paixão.

- Filho, o medo é como a lei de impedimento. Existe, é importante, mas não é por isso que você vai deixar de fazer gols...

Pensativo, Bonner sabia que a partir daquele momento seu destino estava traçado. Sua próxima e definitiva parada seria a cidade maravilhosa.

Mas antes do final da reunião Armando fez uma cara séria e entregou um papel para Bonner.

- Pegue este endereço. Procure uma pessoa chamada Dona Roseli. Ela vai lhe ensinar os mesmos caminhos que me tornaram um vitorioso no Rio de Janeiro.
 
Rio de Janeiro, 25 de marco de 1989

Um mês após a chegada à capital fluminense a vida de Bonner lembrava muito o trânsito de São Paulo: Estava uma merda...

Um diretor havia prometido uma vaga no Jornal da Globo – e hoje sabemos que a promessa foi cumprida - , mas a incerteza no projeto misturada com a ansiedade de um paulistano recém chegado ao Rio deixavam o cenário cada vez mais inóspito.E para não dizer que Bonner estava às voltas com a solidão, a gastrite passou a ser a mais presente companheira durante os seus primeiros meses na cidade maravilhosa.

Após abrir o segundo maço de Marlboro do dia, Bonner lembrou da conversa com Armando. E como o tópico final entre os dois foi “Vitória no Rio de Janeiro”, William foi logo procurar o papel com o tal do endereço. Amassado ao lado da velha maquina de escrever, o seu conteúdo era curto e objetivo.

“ O endereço de Dona Rosalia é na Rua Bocaiúva nº 109, Ilha do Governador.
  Vá até a Praça XV e se dirija as Barcas. E não se esqueça! Não pegue táxi ou ônibus.
  O caminho deverá ser feito exclusivamente através das vias marítimas.”

Rumo à Ilha

Bonner não perdeu tempo e preparou sua aventura pela Baía de Guanabara. Não demorou muito e ele já estava sentado em uma das centenas de cadeiras de madeira da barca Centro x Ribeira. A viagem demorava 1 hora e ele teria tempo de sobra para pensar no que iria acontecer durante o encontro com Dona Rosália.

Perdido no meio do oceano atlântico, Bonner lembrou que andar pela Ilha do Governador não era tão simples assim.

Com o fim da ditadura o bairro deixou de ser dominado pelos militares e sua história é muito parecida com a antiga Iugoslávia. Depois de incessantes guerras entre os diferentes povos que habitavam o mesmo território, atualmente a Ilha é divida em 14 bairros mais a Cidade Universitária (Ilha do Fundão). Os dias difíceis foram relatados com maestria por Rachel de Queiroz – ilustre ex-moradora – no livro As praias de rosas e balas.

Logo após chegar à Ilha, Bonner se encontrava sozinho, com fome e perdido. Ao perguntar qual seria a melhor maneira de chegar ao local indicado, um camelô respondeu:

- De kombi.

Com o bom humor afiado de sempre, Bonner falou para si mesmo, baixinho:

- Camelô, kombi, barca velha...cheguei em Ciudad del Este e não me avisaram...
 
Na Kombi

A população de uma cidade ou bairro apresenta características comuns ao longo do tempo. E Bonner não demorou em perceber isso.

Rapidamente ele fez uma associação entre fatos.

Quando se vai à Lapa (RJ), é comum encontrar alguém tocando chorinho. Quando se vai à Buenos Aires, é mais que normal que dois homens se beijem na boca. E quando se anda de Kombi na Ilha do Governador, é batata: O trocador vai ter dislexia funcional.

- OSINHÔRPODERIAADJANTARAPASSAGI !!!

“Ahn?”, retrucou nosso amigo paulistano

- PUDERIAADJANTARAPASSAGI !!!

E lá foi Bonner tirar *NCz$ 1,50 do bolso.Em seguida, perguntou o ponto certo em que deveria descer do veículo. O trocador indicou que já era o momento certo e gritou para o motorista

- PODIDARUMAPARADINHAAKIPUAMIGODESSER !!!

 “Obrigado”, disse Bonner

- VALEUBRAÇU

*Cruzado Novo
 
Enfim, a Casa de Dona Rosália

Localizada no meio de uma ladeira e em frente a uma Igreja Batista, a casa de Dona Rosália se destacava das demais.

Era horrível!!!

Após tocar a campainha, uma senhora de aproximadamente 60 anos, cabelos loiros e usando uma roupa que não faria feio na ala das baianas da Mangueira pediu para que ele entrasse.

Ao chegar à sala, Dona Rosália solicitou que Bonner sentasse em frente a uma pequena mesa de vidro. Sobre o móvel havia um baralho turco organizado em um formato que lembrava uma canastra.

De saco cheio e sacana como sempre, Bonner não deixou por menos.

- Tá suja

 “O que? A mesa?”, perguntou Dona Rosália

- Não, a canastra...

- Mesmo? É porque você não viu minha virilha!!!

E na hora Bonner lembrou.

Em 1989, diferente do SPTV, a TV PIRATA era campeã de audiência e fazia escola.

Afinal, o que fazia Dona Rosália

Dona Rosália tinha fama de ser uma das mulheres mais místicas do bairro. Conhecida por realizar cultos ao ar livre e feitiços, ela dominava com maestria a religião e a cultura africana, principalmente de países como Angola e Congo. Com freqüência conversava com espíritos e adivinhava o futuro das pessoas ao seu redor. Também era curandeira e fazia a conexão entre o mundo dos mortos e o mundo físico.

Resumindo. Dona Rosália era uma MACUMBEIRA.

E das brabas! Daquelas de pintar a sobrancelha de preto e os pentelhos de vermelho.

Só pra agradar o “tinhoso”.

Mas como todo mundo sabe, o horário comercial da macumba é de 00h00min as 05h: 00min da manhã. E como em 1989 a inflação beirava os 90% mês, nada melhor do que tirar um “troquinho “ de dia atuando como cartomante. A situação era tão ruim que até estelionatário trabalhava em 2 turnos.
  
A Consulta

A verdade é que o início da conversa não foi nada amistoso para Bonner.

Pior do que levar um fora desconcertante, é conversar com alguém que você SABE que está com a virilha “catinguenta”.

Depois do – belo – fora e por cima da carne seca, Dona Rosália emendou na conversa.

 - Afinal, o que você quer?
 - Foi um conselho do meu chefe, o Armando Nogueira. A Senhora o conhece pessoalmente?
- O nome não é estranho. Quem estava sempre aqui era o estagiário dele.
- Não sabia. Provavelmente foi conselho do Armando também.
- E qual era o conselho?
- Que lhe procurasse e aprendesse com você os caminhos de uma vida vitoriosa no Rio de...
  
A espiã ninfomaníaca

Dona Rosália e Bonner não sabiam, mas havia uma terceira pessoa presenciando a conversa dos dois. Escondida no segundo andar do imóvel, próximo a escada, a filha da cartomante prestava a atenção na conversa e principalmente em Bonner. E de lá mesmo se escutou sua voz aguda.

- Mãeeeeee...
- Que foi menina? Não se tocou que estou ocupada
- Mas é urgente!
- Urgente? O que é urgente?
- A filha da Bajerê Wanda ligou. Disse que a Wanda está muito doente e suplicou por sua ajuda.

Dona Rosália considerava Bajerê Wanda como uma mãe. Pediu desculpas a Bonner e saiu depressa pela sala em direção ao portão da casa.

Bonner, com um sorriso preso no canto da boca, pensou sozinho

- Quando uma pessoa começa a ser chamada de “Dona”, é porque está velha. Agora imagine alguém com a alcunha de “bajerê”? Deve ter uns 150 ANOS!!!

Quase sem tempo de rir da sua própria piada, Bonner foi surpreendido por uma voz ao pé do ouvido

- Oiiii...

Assustado, Bonner percebeu que a voz era a mesma que segundos atrás havia conversado com D.Rosália. Mas dessa vez, o tom agudo foi substituído por um sussurro proibido para menores de 21 anos.

“Oooo...oi”, respondeu envergonhado
-Tudo bem? Eu poderia saber ao menos o seu nome?
- Sim. William...William Bonner. E o seu?
- Vitória. Muito…mas muito prazer.

A gagueira de Bonner tinha um único motivo. E o motivo, uma única peça de roupa.
  
O Ataque

Imobilizado na cadeira, Bonner tentava disfarçar o nervosimo. Vitória percebeu e isso fez com que ela ficasse ainda mais assanhada.

- E o que você faz da vida?
- Sou..sou apresentador de TV.
- Hmm..então você gosta de apresentar , né?

Vitória, tão desinibida quantos as famosas Chacretes, não perdeu tempo e colocou a mão entre as pernas de Bonner. E depois, apertou o “Velho Guerreiro” do jornalista.

Willian estava tão agitado que suava até pelo dedão do pé. Afinal, o seu sucesso com as mulheres cariocas estava idêntico ao seu sucesso na sede da Globo no Jardim Botânico: Nulo !

Era certo que a fórmula misturando mulher bonita, ansiedade e lugar impróprio só iriam resultar na queda do “pico de audiência”. E em 1989, Viagra ainda era coisa de ficção cientifica.

O Retorno de Jedi...digo, de Dona Rosália.

Ao mesmo tempo em que Vitória tentava aumentar a taxa de natalidade brasileira, Dona Rosália batia o portão, enfurecida. E não era pra menos. Além de ótima saúde, Bajerê Wanda ainda cobrou uma antiga dívida do ano de 1986. Afinal, Wanda era Bajerê, mas não era otária.

Quando Dona Rosália colocou o pé na sala, levou logo um susto. Seus olhos avistaram Vitória, que de pura só tinha a seda do baby doll, mostrando para Bonner sua bela tatuagem no traseiro.

D. Rosália ficou tão nervosa que quase fez conexão direta com o belzebu ali mesmo. Ela não sabia, mas a única coisa pueril no bumbum de Vitória era o desenho da Constelação de Virgem.
  
Minha filha? Uma santa!!!

De católico e hipócrita, todo mundo tem um pouco. E Dona Rosália, rainha dos terreiros, não era diferente quando o assunto era a “pureza” de sua filha única.

-- Minha Nossa Senhora!! Meu Espírito Santo! O que está acontecendo?

- Mamãe!Mamãe!Esse rapaz é um tarado!

“Eu? Mas eu não fiz nada”, se defendeu Bonner.

- Fez, eu vi e espero que tenha aproveitado, porque foi sua ultima vez. Vitória, segura o gaiato, pois preciso de um chumaço de cabelo dele.

Bonner não batia tambor, mas sabia que esse tipo de oferenda só tinha um resultado.

O PAU DELE IA CAIR!!!

A Fuga

Com uruca sexualmente transmissível não se brinca e Bonner sabia disso. Sem tempo para pensar em uma fuga espetacular, ele improvisou. Em um dos cantos da sala existia uma estátua de um Preto Velho. Estilosa, a entidade tava “chic que só ela”. Toda “trabalhada” na farofa amarela, ela vestia sapato branco, calça e camiseta de linho, fumava um cachimbo de ouro e segurava uma champanhe. Sidra Cerezer, claro.

Mas outro enfeite chamava muito mais a atenção. Provavelmente para se proteger do sol carioca, o “sinhô” usava um chapéu de palha enorme. Bonner não perdeu tempo e colocou o adereço na cabeça, com o objetivo de proteger a cabeleira.

Ele não era preto. Não era velho. Entretanto ele tinha a obrigação de fazer milagre.

E lá se foi o nosso jovem jornalista. Primeiro se esquivou da ninfeta. Depois, deu um drible de corpo na coroa. E por último, cantou a musiquinha MacGyver, só pra tirar onda.
  
De volta pra casa

Bonner desceu em disparada e entrou no primeiro táxi que passou em sua frente. A maré – de azar – tava cheia e pegar a barca estava fora de cogitação. Seu medo não era a embarcação afundar e ele ficar à deriva. Nadador desde criança, seu pavor maior era entrar em contato com as águas da Baía de Guanabara. Considerado o maior esgoto a céu aberto do mundo, Bonner sabia que depois do primeiro mergulho o máximo que ele iria conseguir era uma vaguinha no X-MEN.

Após um dia longo e pronto para entrar no prédio em que morava, localizado no Largo do Machado, Bonner encontrou um bilhete no fundo do chapéu. O texto novamente era curto e objetivo.

“Jaie Obi Odindi Resesele Gbodo Adun
Adupe Caô Ipetê
Quendar Saponan Sarava”

Ao lado do bilhete havia vários corações desenhados. Bonner não conseguiu traduzir o recado, mas para ele era claro que a mensagem emanava vibrações positivas e pregava a paz, a harmonia e a união entre as pessoas.

Sua emoção era visível. Depois de um dia longo, em que a maldade e o egoísmo foram predominantes, Bonner sentiu sua fé ser renovada através daquelas palavras, que mesmo desconhecidas, tinham apenas 1 significado: Viva o Amor!

Bonner precisava compartilhar isso de alguma forma. Em sua direção, caminhavam 2 idosos de mãos dadas. Feliz, o casal era conhecido por todos como exemplo perfeito de dedicação mútua e carinho.

Bonner os abordou e com gentileza ofereceu o chapéu como presente. Mesmo surpreso, o casal não poderia recusar este mimo de um rapaz tão educado.

O casal continuou sua caminhada e Bonner subiu em direção ao seu apartamento se sentindo leve e certo de que tomou a atitude certa.

Ele só não sabia um detalhe. Abaixo, a tradução livre do bilhete.

" Que coragem hein mizifio!! Porque roubar chapéu de Preto Velho, comer mulher de policial e beber cachaça de despacho não é pra qualquer um não"

**

E a família e os amigos foram eternamente gratos pelo apoio em um momento tão difícil.

Marilia Santiago do Santos - 1910 † 1989
José Domingues Araujo    - 1905 † 1989
 
Um Final Feliz

Rio de Janeiro, 27 de Março de 1989

Willian acordou às 06h00min de segunda-feira tão suado que mal conseguiu levantar da cama.Depois de um final de semana desafiando seres do além, nada mais justo do que receber em troca um calor "dos infernos" e um sol "dos Diabos".

Logo após tomar banho e colocar o terno, Bonner seguiu em direção aos estúdios da TV Globo. Armando e Boni haviam marcado uma reunião para definir o futuro do apresentador e ele estava ansioso. Mas antes de entrar na sala indicada, Armando dá uma piscadela para Boni e pede 5 minutos em particular com Bonner

No meio do corredor Bonner também encontra o estagiário de Armando. O "Mestre das Palavras" e o estudante, sem conseguirem disfarçar o sorriso no canto da boca, perguntam na maior cara de pau.

- E aí William, já começou sua caminhada "Vitória-osa" no Rio?

William fez aquela cara de Cid Moreira anunciando tragédia e respondeu

- Começa em 5 minutos...

E foi mesmo. O rápido encontro foi para confirmar Bonner como o âncora do Jornal da Globo.Feliz, ele seguiu rumo à redação para encontrar a sua companheira de trabalho.

Seu nome era Fátima Bernades.

E daí pra frente a história todos conhecem.William e Fátima se casaram, tiveram 3 filhos e viviam em companhia constante com a tal felicidade.

Até que um belo dia, um blogueiro sem ter o que fazer inventou um conto sobre o início da carreira de Bonner e de repente....





sábado, 6 de novembro de 2010

Axé music : Uma verdade incoveniente

A verdade sobre o axé music
 
Antes que eu comece a esculhambar esse típico ritmo baiano, vamos fazer uma análise qualitativa da música feita em diferentes regiões do Brasil.

Rock de Brasília

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

(Vento no Litoral – Legião Urbana)

Samba Carioca

Quero mar alto, o mar grande,
Por favor não me mande
De volta mais não
Não quero o cais, outro porto,
Não mais o mar morto
Da minha ilusão

Prefiro ir à deriva
Me deixe que eu siga
Em qualquer direção
Se eu sou de um rio marinho
O mar é meu ninho
Meu leito e meu chão

(Mar Grande – Paulinho da Viola)

Música Mineira

Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador

(Milton Nascimento/Ronaldo Bastos – Cais)

Axé Music

ae ae ae eee ooo

Chicleteiro Eu, Chicleteira Ela

Aqui tá frio
Muito quente, aqui tá frio
Aqui tá quente, aqui tá frio
Muito quente, aqui tá frio

Vai ralando na boquinha da garrafa....

**

Vocês perceberam que em cada exemplo escolhi apenas 1 música. E quando falei sobre o axé fui generoso e escolhi 4.

E depois eu escolhi ficar surdo.

Mas os fãs têm a justificativa na ponta da língua: “ ahhh, mas é bom pra se divertir...”.

Oras, sexo também é bom pra se divertir e não é por isso que minha namorada precisa gemer no meu ouvido coisas como “Segura na corda do caranguejo... pra lá e pra cá..”

Até porque se sua namorada anda falando isso na hora H, tá na hora dela fazer uma depilação a laser....

**

E as micaretas?

Caso você nunca tenha ido e está com vontade, preparei uma lista de pré-requisitos.

Confirme cada opção e veja se você esta apto.

1- Não ter lido “A Droga da Obediência”

2 – Achar que toda mulher é puta.

3 – Ser puta.

4 - Ter fotos de Buenos Aires no Orkut

5 – Chama os outros de “ném” sempre usando frases onde o objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto.

6 – Não saber o que é objeto direto e verbo transitivo direto.

7 – Nenhuma das respostas anteriores...mas um QI  entre 50-69
Pronto!

Se você assinalou uma ou mais opções acima, Parabéns!

Este teste multiuso confirma que você poderá se divertir em micaretas, rodeios, pagodes, vaquejadas ou qualquer outro ambiente onde senso crítico é no máximo nome de drink afrodisíaco.

E se você não assinalou nenhuma, continue tentando. Você ainda vai perder a virgindade...

**

E as dançarinas de axé music?

Bonitas, inteligentes, estudantes, discretas e muito extrovertidas, mas sem vulgaridade.
E ainda tem o bumbum empinado.

Essas características me lembram outra coisa.

Ahhh lembrei.

Pô parceiro, R$ 500 por meia hora é foda... quer dizer...por foda...

Ops! Não era isso que eu queria ter dito...

**
E eu nao poderia fechar este post sem falar nos nos babacás..ops, digo abadás...abadás

(teclado fdp....)

Aliás, vocês sabem porque abadá....se chama abadá ?

Vou tentar explicar...

Abadá é uma palavra de origem africana que significa “vai dar merda”.

Logo após o descobrimento do Brasil, milhares de escravos africanos eram amontoados em caravelas portuguesas.E elas tinha um destino certo : A Bahia.

Durante a viagem, a galegada, que já estava sem ver um bacalhau de bigode a um bom tempo, começou a se irritar com os futuros escravos.Eles só ouviam uma única palavra saída dos porões: Abadá. Abadá, Abadá...

Quando as caravelas iniciaram a aproximação na costa brasileira, o barulho e o nervosismo dos escravos só aumentou.Eram quinhentos prisioneiros, sem camisa, com as mãos pra cima e sovaco cabeludo gritando ao mesmo tempo “Abadá, abadá, abadá...”

Diz a lenda, que o comandante da Escola de Sagres se irritou e deu as ordens

- Ora pois!Joaquim, pega o nosso coletivo e vai lá e enfia a porrada em cada negão....EM CADA UM!

Depois de dar aquela escovada no último escravo, os portugas, mesmo sem falar o idioma dos prisioneiros não se aguentaram e tentaram descobrir o que significava “Abadá”

Um escravo, mais revoltado, não perdeu tempo e mandou na lata ( de azeite.. ) dos galegos.

- UNHI FO MI....UNHI FO MI....UNHI FO MI....

E o restante da negada foi na onda.

- UNHI FO MI....UNHI FO MI....UNHI FO MI....

Os amiguinhos do além - mar se entreolharam e disseram.

- Mas é claro! Eles querem um uniforme....Que bonito, mesmo depois de apanharem, continuam unidos.

E foram os portugueses distribuir uma camiseta regata para cada escravo.O que eles não sabiam é que , em bom português, os escravos queriam dizer apenas uma coisa:

HEY BRANCO...VAI TOMAR NO CÚ !!!

**

E 500 anos depois, continuamos escravizados, com o sovaco cabeludo,as mãos pra cima e usando uma roupa ridícula ao som de uma música que não representa a coragem e a fibra dos povos africanos.

**
Merda! Escrevi tanto que agora to atrasado pra minha aula de lambaeróbica

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A verdadeira história de Mayara Petruso


São Paulo, 31 de outubro de 2010

O relógio marcava exatamente 16h00min quando eu e Mayara voltávamos da Escola Municipal Jorge Amado, situada próximo ao restaurante Recanto do Nordeste. De mãos dadas, estávamos andando vagarosamente pela rua logo após os dois terem cumprido o dever cívico que cada brasileiro tinha obrigação durante aquele domingo nublado.

Safada ao extremo, Mayara gostava de uma boa sacanagem. Nosso caso havia começado 2 meses atrás, durante um show da Ivete Sangalo. Eu, que havia acabado de chegar do Ceará, não conhecia nada desta maravilhosa e hospitaleira cidade. Mayara, uma vizinha prestativa, logo me chamou a atenção pela simpatia...e pelos micro shortinhos. Depois do insistente convite para ver a apresentação da baiana, devo assumir que não foi difícil dizer não para a ninfeta.

E assim nossa relação começou. Filha de pais retrógrados, Mayara tinha muito medo que sua família um dia descobrisse nosso caso. Mas sempre fogosa, não resistia aos meus convites para passar o final de semana na minha casa. Não havia muita conversa entre nos dois. A sequência era basicamente um bom sexo, um bom filme, um bom sexo, um bom filme.

Meu pai , que trabalha como engenheiro em uma obra pública, não se importava com minhas aventuras amorosas e chegou a tratar Mayara como se fosse minha namorada. Minha mãe, que com a nossa mudança para São Paulo iniciou o um mestrado, pouco se importava com assuntos que não fossem relevantes ou acadêmicos.

Ao chegarmos à minha casa, logo apos a votação, não desperdicei tempo e logo fui em busca do realmente me interessava em Mayara : sua habilidade sexual.

Intelectualmente muito inferior as minhas antigas namoradas nordestinas, Mayara se sentia inferior e fazia de tudo para me agradar. Na cama, gemia com sotaque nordestino e ainda ficava se autointitulando a "Maria Bonita do Sexo".

Depois de mais uma transa, eu já estava de saco cheio de Mayara. E para piorar a situação, acabei recebendo uma ligação no meu celular que destruiu meu dia. Quando peguei o aparelho e vi o DDD de Recife já sabia quem estava me ligando.

Era o grande amor da minha vida.Seu nome era Julia e passava férias em Pernambuco.

Nossa conversa foi rápida. Disse que havia assistido um recente show dos Los Hermanos e outro da Nação Zumbi. E finalizou, dizendo que me amava e que estava com saudades.

Aquela frase me aniquilou. Não consegui segurar e cai em prantos.Mayara, ao mesmo tempo assustada e com a amarga sensação de foi usada esse tempo todo - e foi mesmo - também não segurou as lagrimas e saiu correndo em direção à porta, sem falar mais nenhuma palavra.

O resto da história vocês já sabem. E peço desculpas por ser, indiretamente, um dos responsáveis pela ira momentânea de Mayara contra os nordestinos. Eu sei que fui um grande filha da puta e vocês conhecem as mulheres. Quando se sentem trocadas como mercadorias pelos homens, explodem e se deixam levar pelo sentimento que nos enlouquece : a paixão.

E para finalizar o acontecido e confirmar que as declarações de Mayara foram baseadas em argumentos que pouco ou nada tinha a ver com os rumos da política do Brasil, vou confidenciar um fato curioso.

Feminista ao extremo, Mayara as vezes parecia sentir rancor dos homens. E deitado no meu quarto, não foi difícil descobrir quem ela escolheu para ser a autoridade máxima do Poder executivo e da República.

Na pressa, ela esqueceu sua carteira de identidade, que estava acompanha de um panfleto de Dilma Roussef.

No domingo, assim como milhões de brasileiras, Mayara estava decidida a eleger a primeira presidente mulher do Brasil.

domingo, 31 de outubro de 2010

Velho ? Só Whisky...

É comum as pessoas falarem a seguinte frase:
“ Ahh, isso tá velho, não presta pra mais nada....”

Eu concordo em gênero, numero e grau. Celular velho, carro velho, computador velho não ajudam ninguém.

E essa mesma lei, parafraseando a Dilma Roussef, serve também para a “pessoa humana” ....VELHA.

Tirando dono de funerária, ninguém gosta de idoso. É verdade...pode falar.

Qual o beneficio de manter um idoso em casa? Eles cagam na cueca, mijam na cueca.....e na hora de lavar a cueca... limpam no vaso !!!

Porra, custava fazer isso tudo na ordem ordem certa?

Vocês podem ate falar “ahhh, mas os bebês fazem a mesma coisas que os idosos”.

Mas se o bebê é seu filho e gente boa, ele não vai se importar que a mãe dele continue dando de mamar pra você nas horas vagas....

Agora eu te pergunto? Você ta comendo a mãe do idoso?

Você até poderia, mas quem iria ficar de pau duro por uma pessoa de 200 anos?

Já pensou...comer a mãe do Niemayer ?!?

**

Outra coisa que me irrita no idoso é que eles só sabem reclamar. É um tormento, mas eu eu aguento as reclamações.

MAS PRECISAVA COMEÇAR A RECLAMAR ÀS 5:30 DA MANHA!!!!!

Porra, a Globo ainda tá fora do ar e essas múmias já estão reclamando do preço alto das
PASSAGENS!!!


PORRA, ELES TEM GRATUIDADE GARANTIDA CARALHOOOOOOO

Se a passagem custa 5 mil reais....e daí? O direito deles tá garantindo. Eu posso reclamar, você pode reclamar....mas e eles ?

Falando em passagem, pior que pegar ônibus, é pegar um ônibus lotado de idosos.

E pior que isso, é pegar um ônibus vazio....e um idoso sentar do seu lado.

Se ele não puxar papo com você, chame o SAMU...porque provavelmente ele esta morto !!!

E é sempre assim......”Tá calor né...”

Não importa se você pegou o ônibus na serra gaúcha no inverno...pra eles, sempre vai estar calor.

E a segunda, é obvia: “Vai pra onde?”.

CARALHOOOOOOOO!!! Se eu entrei no ônibus com a placa COPACABANA...eu vou pra onde?

Pra Nilópolis? Pra Puta que Pariu? Pro Inferno?

**

E você agora tá pensando: “Nossa, esse blogueiro é um grande filha da puta!!!”

Eu sou filha da puta?

E os funcionários da Gol falando ao microfone para dezenas de velhinhos de muletas a seguinte frase:” Senhores passageiros da MELHOR IDADE, favor se dirigir ao guichê número...”

MELHOR IDADE ?

HaHaHAHuuahauhhuHA89()_(_()_*(|*&(U80D78907

Viu ? Eu não sou sacana a esse ponto.

O cara ta brocha, sozinho, sem cabelo e ainda vai aturar mais 4 anos de governo petista e ainda chamam isso de melhor idade?

E quando você tem 18 anos e está comendo varias menininhas....como chamam?

IDADE GOLDEN?

A realidade é que para os idosos a única coisa Golden que sobrou na vida é a..... GOLDEN CROSS!!!

Gorda : Uma drenagem linfática do assunto

Falando em comer....e as GORDINHAS, hein ?

Calma gente, o assunto é “gordinhas”, não COMER gordinhas...eu sou filha da puta, mas também não é pra tanto...

Aliás, alguém aqui já comeu uma gordinha?

E mulher, vocês já comeram também?

Porque porra, não vem me falar que Juliana Paes e a Preta Gil são a mesma coisa...porque eu garanto que não é não...

Aí vocês vão dizer: “ahhh, mas homem de verdade não repara em celulite”.. Eu sei, tudo bem, mas mulher de verdade também não passa dos 62 Kg......

Mas as gordinhas fazem muitas coisas....

Quando o marido chega em casa ? Ela faz a janta...

Aniversário de criança? Ela faz o docinho...

Quando você a apresenta pro seus amigos? Ela faz vergonha...

Tá vendo? São muito úteis....

Mas aí vocês dizem “po, tu é mto radical....as gordinhas são estudiosas, companheiras, fieis”...

Nossa, isso me deixou tão de pau duro quanto a playboy da Hortência....

MOMENTO PIADAS INFAMES

Eu to falando tudo isso, mas eu já namorei uma gordinha.

Fazer o que né, ninguém mandou fazer uma aposta bêbado...

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E vocês sabem a mais nova mania entre as gordas?

Futebol americano....

É ótimo assisti-las jogando....principalmente se você operou a fimose e precisa de repouso.

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E quando sua namorada gostosinha começa a ficar gordinha, hein?

Você precisa ajudá-la.....afinal, depois de uma separação algumas pessoas sofrem mais que as outras....

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Mas eu sou camarada e vou dar uma dica pra vocês descobrirem se estão gordinhas ou não

Se quando você e seus amigos pegarem um taxi e um deles falar pra você a seguinte frase: “Deixe a fulana sentar no banco da frente “....

É porque tá hora de você perder um amigo....e chamá-lo de FILHA DA PUTA !!!